ENTREVISTA EXCLUSIVA - Concedida pelo vocalista Batista.
Publicado Originalmente na edição 5 do Planeta White Metal Fanzine
Planeta White Metal- Qual a origem e formação da banda?
BATISTA- O Antidemon se iniciou em janeiro de 1994, “fruto de um plano de Deus”. A principio éramos um quinteto, porém desde setembro de 1995, nos estabilizamos como um trio. Os quais estão desde o início da banda: Batista (baixo e vocal), Kleber (guitarra e backing vocal) e Elke (bateria).
PWM- Quais as influências musicais da banda?
B- Gostamos de diversas bandas, mas procuramos não nos influenciar musicalmente por nenhuma delas. Pois tentamos encontrar o nosso próprio estilo, fazendo o que gostamos!
PWM- Como é a vida dos integrantes do Antidemon no dia a dia?
B- Realmente vivemos em torno da banda e dos shows, viagens, quase tudo está relacionado à banda. Na vida individual, eu o Batista, sou líder nacional do Christian Metal Force e diácono; e trabalho (podem rir à vontade) como condutor escolar, transportando crianças em média de cinco anos! O Kleber também é diácono e trabalha em montagem e manutenção de computadores. A Elke (esposa do Batista) diaconisa, líder também do CMF, dedica boa parte do dia aos estudos. Porém pretendemos um dia, muito breve, vivermos somente em prol do Antidemon e do ministério que Deus tem nos dado.
PWM- Num show para um público secular, como é a receptividade das pessoas para com vocês?
B- Temos feito muitos shows, inclusive com muitas bandas seculares e a aceitação têm sido muito boa, tanto do público quanto das bandas. Acreditamos que isso é resultado de um trabalho que vem alcançando amadurecimento que resulta em respeito e admiração ao que fazemos, mesmo de pessoas que pesam completamente diferente de nós! É claro que às vezes, aparecem pessoas se dizendo “Black Metal” querendo até nos matar! Como no nosso último show em Curitiba-PR com o Hechatomb. Mas Deus é maior e nada nos aconteceu! São vidas que acham que somos contra elas, mas na verdade somos contra potestades e dominadores das trevas! (Efésios 6:12)
PWM- Lemos num jornal que você prefere que a banda não seja tachada como “cristã”. Por quê?
B- O jornal referido é O Estado de S. Paulo, do dia 13 de julho de 1995. E infelizmente, o repórter não soube entender o que lhe dissemos quando ele nos perguntou como era a reação dos “não cristãos” ao nosso som, respondemos que a aceitação sempre foi ótima, e isso sempre se refletiu na agitação desse pessoal em nossos shows. E que muitas pessoas a principio, pelo som e visual, nem imaginam que somos “cristãos”. E os caras gostando do nosso som, certamente seus corações estarão abertos a ouvir nossa mensagem de salvação em Jesus Cristo! Presumimos que foi dessa conversa que o nosso caro repórter entendeu que preferimos não sermos tachados como uma banda Cristã! Queremos aproveitar a oportunidade que o Planeta White Metal nos dá, para esclarecermos esse assunto! Temos o maior orgulho de sermos cristãos! Desde o início do Antidemon, Deus nos orientou a sermos totalmente “explícitos” quanto a nossa fé e finalidade de nosso trabalho. Isso vai desde o nome “Antidemon” às nossas letras que falam abertamente de nossas convicções em Jesus Cristo!
Apesar de muita gente achar que não iríamos a lugar nenhum com esse nome, Deus já nos tem levado à uma posição de muitas conquistas e realizações!
PWM - Vocês, alguma vez, já fugiram do estilo death?
B- Desde o início do Antidemon, nós nunca nos prendemos ao death metal ou a nenhum outro rótulo, apenas fazemos o que gostamos, orientados por Deus.
PWM- Como você vê a mudança de estilo de grandes bandas, como o Mortification?
B- Muitas coisas se envolvem para a mudança de estilo de uma banda, principalmente quando esta depende e recebe opiniões de uma “gravadora”. Posicionamentos que obviamente não concordamos, mas também não queremos criticar. Outro fator é a mudança de componentes que resulta em novas idéias, decorrentes da influência musical de cada um.
PWM- Como está indo a produção do cd, já existe previsão de quando sai?
B- Estamos trampando para que possamos ultrapassar nossos próprios limites, em todos os aspectos, e Deus nos tem ajudado muito para isso. Queremos fazer algo profissional para honra e glória de Deus! Ou então já teríamos feito há muito tempo. Quanto a produção, já está acontecendo! Estamos ensaiando, realizando gravações preliminares e seletivas para uma apuração de nosso trabalho. Dessas gravações devemos lançar, nos próximos dias, a nossa 2ª demo-tape, para ajuda financeira no lançamento do cd, que deverá estar pronto em 12 meses!
PWM- Existe algum tipo de merchandise do Antidemon?
B- Sempre fizemos o nosso próprio merchandise. Quando chegamos a realizar nosso primeiro show, já tínhamos distribuído mais de mil releeses e a todo show, procuramos divulgar com o máximo de recursos ao nosso alcance. Nos shows em São Paulo, divulgamos em toda a Galeria do Rock e pontos de influência no meio underground. Isso com ajuda do departamento de divulgação e marketing do CMF. Contamos ainda com o apoio de zines e revistas, entre elas a Metal Head (eu, Batista, sou responsável pela seção White Metal, dessa revista) e a Rock Brigade que em todas as edições divulga nossos eventos. Além disso, temos uma razoável distribuição de camisetas e adesivos que nos trazem de alguma maneira um ótimo fator de divulgação!
PWM- Qual o maior evento em que vocês se apresentaram?
B- Fica difícil responder essa pergunta, visto que já fizemos mais de 120 shows, sendo em bares, igrejas, favelas, festivais, casas seculares, praças, etc.. E cada show teve uma grande importância própria. Alguns por vermos o resultado no próprio show, onde mais de 100 vidas se entregaram a Jesus Cristo! Outros pela divulgação e reconhecimento do público e por bandas de prestígio com quem dividimos o palco. Graças a Deus temos percorrido bastante o interior de São Paulo e cruzado a fronteira do estado várias vezes.